quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Diário #4 - Vazios

Estou no Centro.
Rezo para que nunca seja errado dizer que este é o meu lugar favorito no mundo.
Não há internet, preocupações, amores imaginários, pessoas ou quaisquer futilidades aqui. (Vazios...)
Apenas o vento. O vento que brinca com meu cabelo, fazendo-o dançar para lá e para cá. O vento que faz árvores cantarem. O vento e eu.
É atemporal, nostálgico, bonito... É infinito!
O silêncio não reina. Há um coro de crianças (provavelmente brincando) na escola atrás de mim. Eu nunca vou me esquecer de como é isso: ser criança.
O Sol prefere se esconder. Eu o agradeço por isso.
Estou na praça. Na última vez que a visitei, senti-a tão ofuscada. Sinto não saber o seu nome.
Eu passei por aquela rua de novo. Toquei a parede que um dia pertenceu à casa da minha avó. Depois, limpei a poeira de meus dedos.
Às vezes, imagino o dia em que nos tornaremos pó, vazios...
Mas, até lá, eu me deixo levar pela brisa.

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